RS RECEBE NOVOS PROFISSIONAIS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS.

05/02/2014 12:31

mais médicos
O Rio Grande do Sul começou nesta semana a receber novos profissionais para o programa Mais Médicos. Nesta segunda-feira (03), a Secretaria Estadual da Saúde realizou a acolhida aos 11 médicos com diplomas validados no Brasil que passarão a trabalhar na atenção básica de sete municípios gaúchos. Bagé, Porto Alegre, Santa Maria, Santana do Livramento e São Borja, receberão todos com um profissional cada, enquanto Igrejinha terá mais dois médicos e Pelotas quatro. 
Eles se juntam aos 400 médicos hoje distribuídos em 113 cidades do Estado. Fora esses, o Rio Grande do Sul deve receber outros 80 profissionais intercambistas (diplomados fora do país), em distribuição ainda a ser definida de municípios. Na recepção, os médicos foram apresentados às políticas estaduais da atenção básica, Rede Cegonha, DST/Aids, Saúde Mental e equidades, assim como já conheceram os gestores municipais com os quais trabalharão. 
Um dos recém-chegados hoje foi o chileno Marcelo Acevedo Toro. Ele e a esposa, que é gaúcha, se inscreveram para o programa. O casal se conheceu durante a faculdade de medicina em Cuba. Em 2001 chegaram ao Brasil, passando por Maranhão, Piauí e Ceará. Há sete anos moravam e trabalhavam em Fortaleza. “Encontramos no Mais Médicos uma oportunidade de virmos para o Rio Grande do Sul, que já era uma vontade que vínhamos alimentando há algum tempo”, contou. 
Ambos têm experiência na Estratégia de Saúde da Família, já que durante dois anos atuaram na atenção básica de um município do sertão cearense, a 300 quilômetros de Fortaleza. “Foi uma experiência bem próxima à nossa formação em Cuba, que tem essa visão de atuar próximo à comunidade”, completou. Os dois se inscreveram para Pelotas. Enquanto ele já chega ao município nesta semana, a esposa terá a sua chegada postergada em alguns meses, já que neste final de semana ela deve dar a luz ao segundo filho do casal.

Reforço ao Mais Médicos 
O programa terá ainda o reforço de novos profissionais cubanos provenientes da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ainda sem a confirmação do quantitativo por Estado. Os dois mil médicos cubanos desembarcam no Brasil na semana passada em Brasília, Fortaleza e São Paulo, onde vão cursar o módulo de acolhimento e avaliação do programa. 
A previsão é que esses profissionais comecem a atuar nos municípios em março. A aprovação no módulo é obrigatória para receber o registro que autoriza a atuação no Brasil durante o programa. 
Os profissionais do programa recebem bolsa formação de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados. 
Conforme previsto em lei, os médicos são selecionados para atuar no programa durante três anos. Neste período, os profissionais formados no exterior terão registro profissional emitido pelo Ministério da Saúde, que lhes dará o direito de atuar exclusivamente na Atenção Básica das cidades a que forem designados, com acompanhamento de tutores e supervisores. Além disso, todos os profissionais fazem especialização em Atenção Básica, oferecida pela Universidade Aberta do SUS (Una-SUS) na modalidade de educação à distância.

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